Apresentação

Blog dedicado ao jogo de Vampiro (sistema Storyteller edições anteriores a quarta), o jogo acontece no Rio de Janeiro no bairro de Padre Miguel tendo jogadores de diversas regiões da cidade, tendo seu início em janeiro de 2010, contando apenas com 5 jogadores, atualmente a mesa conta com mais de 10 jogadores ativos e mais alguns no momento inativos.

Neste blog você encontrará dados do jogo, regras, personagens importantes do mestre e personagens jogadores, além da história do jogo desde seu início até os dias de hoje.

Espero que gostem.

Luigi Angélico



Luigi Angélico nasceu na Itália, mais precisamente na cidade de Florença no ano de 1424. Oriundo de família abastada, Luigi nunca teve de se preocupar com a vida em si. Até os 10 anos de idade não havia aprendido o que era esforço físico e tinha tudo o que queria já que suas amas estavam sempre a sua disposição. Pode-se imaginar a riqueza de uma família que matinha três amas para cuidar de uma criança.
Luigi cresceu e com o passar dos anos, sua inteligência e senso crítico começaram a aflorar. Definitivamente, Luigi não era uma criança normal. À tarde, preferia pintar a correr com outras crianças. Luigi se sentia emocionado ao ouvir uma boa música e sentava-se em um balanço no grande jardim de sua casa para ver o por do sol.
            Na escola de moços, mesmo com garotos de sua idade e classe social, Luigi se sentia excluído. Sua sensibilidade frente ao mundo lhe destacava dos outros e isso causava certa repulsa em jovens que não conseguiam atrair as mesmas atenções. Beleza, inteligência e carisma faziam parte do repertório de conquista de Luigi. Sempre foi assim. Até mesmo seu movimento era gracioso embora sentia-se visivelmente a falta de músculos e força normalmente presentes na adolescência.
            Após alguns tropeços na vida, literais ou não, Luigi entrou na escola de arte aos 17 anos. Dois anos depois todos se maravilhavam com a arte que parecia ser inerente àquele jovem. Pintura e canto eram suas especialidades, mas Luigi não deixava a desejar em nenhuma forma de arte ao qual se dedicava.
            Aos 21 anos, Luigi era reconhecido como gênio. Seu carisma trazia as mais diversas pessoas para seu lado. Sua destreza com o pincel mostrava curvas insinuantes e por vezes provocativas em suas telas.Sua inteligência lhe deixava longe de apuros exceto um deles. Paola tinha cerca de 18 anos nessa época e parecia ser a única pessoa a não notar e existência de Luigi. Não acostumado a tal situação, Luigi tentou se aproximar de todas as formas e cansou de mostrar pinturas belíssimas em um estilo totalmente novo que um dia seria conhecido como pintura renascentista. Paola achava bonito, e só. Não era o suficiente.
            Nessa mesma época pessoas de várias partes do mundo vinham a Florença para conhecer a arte de Luigi. Diversos jovens começaram a imitar aquele estilo de pintura e mesmo que subjetivamente, a seguir Luigi. Exceto Paola. Desesperado, Luigi decidiu partir. Em uma conversa com seu pai, Luigi deixou claro que queria conhecer o mundo e aperfeiçoar sua pintura. Sabendo que não poderia prender seu pássaro em uma gaiola, seu pai, Fabrício Angélico, permitiu a viagem de seu filho a Lisboa concordando em lhe enviar uma mesada um tanto quanto gorda para “sobrevivência”.
            A “fuga” para Portugal não ajudou a curar as feridas de um coração rejeitado. Sendo Luigi amado por todos exceto por quem realmente importava, começou a ficar amargurado. Essa foi a motivação para seguir durante anos aperfeiçoando sua arte. Paixão.
            Durante os quatro anos que se seguiram Luigi apenas fez o que fazia em Florença. Adquiriu seguidores. Homens e mulheres fanáticos por aquele estilo nunca antes visto. Luigi adorava ser idolatrado, talvez para esquecer quando não fora, mas ele seguia acolhendo aliados. Certa vez um jornalista um tanto quanto peculiar se aproximou de Luigi para conhecer melhor sua vida. Aquele era o momento perfeito para espalhar sua fama. Com aquele aliado, Duward Geoffrey II, Luigi poderia ser idolatrado facilmente.
            Mais alguns anos se passaram, a fama de Luigi já se espalhava pelo mundo e cada vez mais seu estilo era reconhecido com uma forma de arte belíssima. Dinheiro não era problema e aquilo que seu pai lhe enviava era apenas uma parte ínfima do que ganhava.
            Hoje, Luigi se especializou em diversas áreas de conhecimento. Devido a sua alta capacidade mental, um livro sempre estava em suas mãos. Ler é um prazer e tal prazer lhe mostra um novo mundo.
            Lisboa está mudando, Luigi sente uma inquietação em seu interior mas permanece na ignorância quanto ao que realmente se esconde atrás do véu.



Acontecimentos 1449~1533

            Após os anos de treinamento para se tornar um Neófito, Luigi teve a oportunidade de finalmente aproveitar sua imortalidade em pequenas viagens pela Europa, expondo seu trabalho, apesar de seu pequeno problema de visão, que transformou sua arte antes vibrante em uma arte um pouco mais “gótica”, essa versão de arte só faria sucesso daqui a alguns séculos, mas começou a ser bastante bem recebida pelos vampiros. Luigi começou a participar de muitos eventos cainitas por toda a europa, aproveitando assim para adquirir informações para Elizabeth e Geofrey que devido aos afazeres do Elísio não podiam sair tanto, mas estas viagens pararam no ponto que a sociedade vampírica se dividiu, agora viajar significava talvez passar por território inimigo, e isso não era saudável para um ancião, imagina para um neófito.
            Além disso, os vampiros que faziam parte agora do grupo secreto aliados dos magos, começaram a ser verdadeiros aliados, reuniões eram realizadas no território secreto do porto, conhecimento era trocado, e até mesmo comércio realizado. Os magos eram bastante solícitos em termos de conhecimento, mas nem tanto em termos de vantagens místicas, como artefatos entre outros, segundo eles, todo artefato místico além de ter um alto custo para ser feito, poderia atrair seres sobrenaturais que viam os vampiros como usurpadores, e isso causaria mais problemas do que traria benefícios. A relação com Elizabeth também se estreitou bastante, mas aos poucos Luigi via que ela era uma mulher bastante misteriosa, ela o levou para ser apresentado a sua senhora na Inglaterra, a senhora de Elizabeth era uma linda mulher, por onde andava despertava encantamento dos membros, extremamente astuta e sagaz, não era a toa que era uma das mulheres mais ricas da Europa. A sociedade inglesa também era muito evoluída, mas isso tudo mudou com o surgimento do Sabá e da Camarilla, verdadeiras guerras eram travadas entre sociedades e a maioria das sociedades europeias entrou em uma pseudo-decadência com muito mais traição e desconfiança do que de costume.
            No novo continente a exploração começou bem lucrativa, com a vantagem de pelo menos meio século em relação a sociedade mortal no descobrimento. Os vampiros que fizeram aliança com os magos começaram a explorar o continente, mandando lacaios para estudar o local e assim trazendo informações, estas informações nunca vinham completas e muitas vezes estes lacaios não voltavam, então os vampiros tomaram a decisão junto com os magos de liberar o conhecimento para os humanos e assim facilitar o lucro com as novas terras. Sendo assim começaram os descobrimentos, e lacaios fiéis através do laço de sangue já foram mandados juntamente com Pedro Alvares Cabral, para trazer informações sobre o que podia ser lucrativo naquelas terras. Depois de alguns anos desbravando as terras, informações chegaram de locais ricos em minérios, mas não era interessante a exploração humana na região, então os vampiros tiveram uma ideia genial, o chamado “Pau Brasil”. Comercializar a madeira faria os humanos criarem uma ilusão de riqueza enquanto que os metais preciosos eram comercializados através dos magos, proporcionando uma renda que fez o pequeno círculo de Lisboa, aumentar suas riquezas a nível nunca antes visto.
            Mesmo mandando a maioria de suas riquezas para sua residência em Florença, Luigi teve grande receio de abandonar a Europa para terras desconhecidas e selvagens, mas não havia outra opção, Elizabeth não quis que ele fosse com ela, porque considerava ele um contato com o resto do seleto grupo “místico”, assim ele seria os olhos e ouvidos dela, quando ela precisasse. O mar era uma inspiração, e sem duvida no final da viagem, poderia ter grandes obras pintadas a bordo, mas o clima da viagem parecia estranho, os seus sentidos místicos recém adquiridos diziam que alguma coisa daria muito errado, e sua grande obra a caminho seria a sobrevivência.